hoje mataram a cadela de uma amiga minha. e com a cadela foi um bocadinho de todos nós. e perguntam vocês, mas mataram como? não, não venho aqui falar de simbas e isto está longe de se tornar notícia (não estou, de forma alguma, a desvalorizar essa situação). mas que revolta, isso revolta. foi da forma mais estúpida e comum de matar os animais. foi enganada com um pedaço de carne envenenado. foi brincar para a rua como sempre fez durante anos e anos (já era velhota, aspeto que se torna irrelevante para o que aqui escrevo) e quando voltou a casa caiu redonda no chão aos pés de quem mais a amava. foi num sítio com poucas pessoas. onde supostamente ninguém faz mal a ninguém. porque afinal de contas todos se conhecem e são quase como que uma família cheia de primos afastados. mas afinal a coisa não é bem assim. não se sabe quem foi. mas sabe-se que na semana passada morreu o cão de uma vizinha exatamente da mesma forma. mas o que é isto? a cadela não era má, agressiva. nada disso. era até bastante sossegada, querida e afável com as pessoas. é uma pena que estes bichinhos fofos de quatro patas que mudam as nossas vidas não consigam distinguir as pessoas boas das más. até para nós às vezes é complicado. devia haver um mecanismo de alerta cada vez que um atrasado mental destes se aproximasse. mas o que se pode fazer? a diana não volta. e o cão do vizinho do lado também não. mas esse senhor ainda há de comer esse mesmo pedaço de carne envenenado ao jantar. deus queira que seja uma morte ainda mais lenta que a da diana. eu vou acreditar que o karma (seja lá isso o que for) se vai encarregar de tratar dessa gente reles. filho da puta.
terça-feira, 14 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
mulher sofre!
tu que estás a ler estas palavras: se és magra e tens um bom rabinho baza. se gostarias que os genes tivessem sido mais bonzinhos contigo join in! esta trampa de comer e engordar é uma chatice. chatice, não. chatice é pisar cocó de cão. engordar é mesmo uma merda. uma pessoa não pode comer o que lhe apetece que se não acaba um potezinho (ou potezão) com pernas. passo a vida a emagrecer e engordar, como todas nós. (e tu, magra e com rabo jeitoso se ainda estás a ler isto já disse para bazares. tens uma segunda oportunidade). fico um mês a comer bem, leia-se de forma saudável, e fico muita contente porque consegui emagrecer "olha aqui!! já se nota!! não estou mesmo bem??" dizemos nós todas contentes para as amigas, mães, familiares, whatever. depois como as amigas e afins até concordam ficas muita feliz e como já estás magra significa que podes alambazar à balda nas porcarias. ele é pão de manhã à tarde e à noite. ele é sobremesas porque só uma não faz mal, ele é lanches nos cafés porque também, vai ser isto que me vai engordar, queres ver? e lá se vai a magreza e a alegria. ficamos na merda. ficamos deprimidas. olhamos para o espelho e vemos uma baleia com orelhas, cabelo e pernas. e voltamos à dieta. achamos que passámos dos limites e agora é que vai ser! eu sinto que, nas férias da páscoa, assim em três dias, engordei dez quilos. nas fotografias em vez de ver a joana via a jobaleia. (epa, não. não teve piada. mas lá que é verdade é). passando à frente. neste momento alimento-me de legumes e peixes. e iogurtes líquidos. e água. e estou a sofrer. e por falar nisso, tenho os videos do fitness do youtube à minha espera. daqui a uma semana (ou duas) digo se ainda estou na fase comer saudável ou se já passei à fase do alambazamento. espero que não. se não de baleia passo a mamute. adeeeus.
terça-feira, 7 de abril de 2015
superioridade masculina (eles são todos muita bons)
irrita-me a forma desprezível e altiva com que os homens falam connosco, mulheres, sobre carros. mas desta vez refiro-me mais especificamente aos mecânicos. fui com o carro à oficina ver o que se passava porque cada vez que arranco parece que explode uma bomba inaudível. é uma nuvem cinzenta (preta, mesmo) que mais parece que estou a chegar às portas do inferno. bom, o tipo pegou-me no carro. ou tentou. não sabia pô-lo a trabalhar. é automático. ok, tudo bem. pode acontecer. não tem mal. mas para os quilos de testosterona que o tipo carrega em si dia após dia era um ultraje uma mulher ensiná-lo a ligar um carro. onde é que já se viu? enfim, começou-me a mexer naquela porcaria toda e eu a insistir que o podia ajudar. nada, claro. por favor... lá conseguiu desvendar o mistério. ufa, que esta era complicada... depois vem-me outro tipo dizer o que tinha o carro. então passo a descrever a pequena conversa:
- olhe, é a ERG.
- como? é o quê?
- a ERG.
- ahh, ok. e agora em português, sff.
e lá me explicou. mas que merda é que passa pela cabeça destes gajos para pensarem que eu sei o que é a ERG. estão bêbados ou é apenas para mostrarem a sua superioridade perante uma figura feminina? oh meus, manquem-se. nunca na vida vão ser melhores que eu ou que qualquer outra pessoa porque sabem o que é a ERG, ah ah ah. era eu responder-lhe com os P's do marketing mix que ia ver o que era bom para a tosse. raios parta a esta gente. é como os médicos. também adoram falar chinês para quem não percebe para se armarem ao pingarelho. tenham juízo e usem linguagem menos técnica com quem não está dentro da área, está bem? não temos que nascer todos a saber tudo sobre mecânica nem sobre medicina, nem sobre marketing, nem sobre o raio que o parta.
e vão-se lixar homens das engenharias mecânicas que estão a ler este texto e neste momento a gozar com a minha cara. só agora é que fui confirmar o nome daquela porcaria e não é ERG mas sim EGR. adeus, eu digo como eu quiser. está bem?
ser (estagiário) ou não ser? eis a questão
todo o meu encanto pelo mundo dos estágios morreu no ano passado. descobri que afinal isto não é assim tão fantástico como me fazia parecer. talvez por não ter encontrado aquilo que queria. talvez por ter andado quase um ano a encher chouriços em duas empresas diferentes. mas não foi só por isso. descobri que há muita gente (mais ainda) estúpida, frustrada e malcriada. também há muita gente que não faz um boi e recebe o seu ordenado ao fim do mês. e está a estagiária (ou mula, como queiram chamar, sendo que chamando-lhe estagiária ou mula vai dar ao mesmo: eu) a trabalhar que nem um cavalo e nem um euro para o parquímetro recebe. tudo bem. estou a ganhar experiência e currículo. claro que sim. o maior desafio é o teste à minha paciência e discernimento. bom, como estava a dizer... também há muita gente que, para além de tudo o que já disse, não sabe que a palavra "vocês" não leva cê cedilhado e que uma prateleira não é uma parteleira. há os que dizem mal de tudo (como eu agora) e os que dizem bem de tudo. ambos são igualmente insuportáveis. há os que passam os dias em frente ao computador e não conseguem sequer largar um "bom dia" perdido no ar. há os que te arregalam os olhos porque sim ou porque acordaram com os pés de fora da cama, que vai dar ao mesmo (praticamente todos os dias), e tu tens que comer e calar, porque afinal não passas de um estagiário que só está ali a empatar o bom funcionamento da empresa (ah ah ah). também há pessoas boas. educadas. que sabem escrever e te ajudam quando vêem na tua cara o ar suplicante a questionar o que fazes ali. sabem criticar o bem e o mal. mas há poucos. na verdade este mundo das empresas não é nada mais que o mundo real. há pessoas más e boas. as más que nunca vão mudar e as boas que esperemos que nunca mudem para o bem da sociedade (e da minha sanidade mental). quando entrei neste meio tinha as expectativas elevadas como qualquer miúda de dezanove anos. estava bem enganada. pelo menos por enquanto. a verdade é que mudou muita coisa. cresci e percebi que lidar com colegas de trabalho não é tão fácil quanto isso. chorei muito, mas também ri muito. e ainda bem que assim foi. que se não não estava agora aqui a escrever para vocês, meus pequenos. resumindo, não queiram trabalhar. fiquem mas é em casa a roçar o rabo pelas paredes ou então a ver o benfica com uma jola na mão. estou a brincar. não estou nada. estou sim.