segunda-feira, 15 de junho de 2020

já chega de covid ou ainda não?

estou de rastos. gostava muito de trabalhar a partir de casa até ser obrigada a trabalhar a partir de casa. as rotinas cansam-me. sempre cansaram. sair da cama e ir direta para a mesa da sala ligar o computador está a criar um nó no meu cérebro. levantar-me mais cedo para ter tempo de acordar antes de começar a trabalhar também não está a dar. e estar a trabalhar na mesa da sala cria-me outro nó no cérebro. nunca valorizei a divisão de uma casa que serve de escritório (que muitos adoravam, porque dá imenso jeito) até agora. agora preciso e valorizo. e a merda é que não tenho. e vou continuar sem ter. pensar no que tenho de almoçar todos os dias cansa-me. já me cansa ver a lista de restaurantes na uber e na glovo. também me cansa ter de cozinhar todos os dias. e lavar a loiça. limpar a casa cansa-me. liga aspirador, passa a esfregona. lava a roupa, estende a roupa. tudo isto acumulado com o trabalho que (felizmente e infelizmente) não só não parou como aumentou o ritmo. quando falo em cansaço é mental, que às vezes tem efeitos físicos – como é o caso de hoje. estou cansada. custa-me estar de olhos abertos e sinto-me numa tontura constante. também é o primeiro dia de trabalho depois de umas férias no alentejo. o ritmo do alentejo é demasiado lento para mim. mas a velocidade a que anda a cidade também não é bom para ninguém. beijinhos, vá.  

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