bom dia, seus lindos e lindas! o que eu gosto mesmo é de falar nas minhas experiências que envolvem o mundo da saúde. médicos. enfermeiros. técnicos de saúde. todos os que têm de mexer neste corpinho, um pedaço de céu, para o deixar saudável. é disso mesmo que venho falar hoje. eis que fui novamente submetida à medicina do trabalho. dizer que adiei a marcação quatro ou cinco vezes já não é preciso. olá boa tarde, não no dia oito não me dá jeito. outra. que chatice, só hoje é que reparei, tenho uma reunião não vou conseguir ir. consegue ver-me outra data, por favor? outra vez. olhe nesse dia não posso porque vou estar de férias, vamos tentar marcar para depois? e pronto. teve de ser. dia vinte e quatro de outubro de manhã toca de fazer chichi para o copo. podia entrar aqui em pormenores e contar como foi fazer chichi para o copo às seis da manhã, mas vou deixar-vos imaginar. tentei evitar ao máximo pensar na última vez que tinha ido fazer análises, porque o pré não tinha corrido nada bem (é ler aqui). andava com a mania que não podia sair de casa sem comer e meti na cabeça que ia cair para o lado. enfim, para prevenir qualquer episódio desses jantei que nem um animal no dia anterior para ver se armazenava comidinha até à manhã seguinte. e não é que me aguentei? fui. apanhei trânsito. barriga sem fazer barulhos. cheguei. tive de esperar, claro. barriga continua controlada, sem ganir. eis que me sentei na poltrona. então diga-me lá qual é o seu melhor braço. olhe não sei, veja e faça no que achar melhor. mas eu vou fechar os olhos para não se me dar uma coisinha má, está bem? estou-me pouco borrifando se sou fiteira ou não. mas quanto menos agulhas vir e quanto menos as vir a espetarem-se em mim melhor. só de sentir aquela porcaria a romper-se-me a pele já me tira a vontade de ter bebés. bom. avancemos. eletrocardiograma. desta vez deixaram-me não tirar o soutien. dispa-se da cintura para cima e deite-se na marquesa. pode deixar o soutien. e eu incrédula - nah, pode deixar o soutien, terei ouvido bem? - perguntei se era mesmo assim. e era. que bom, menos uma a quem mostro as mamas. boa. estou muito contente. não quinei até fazer as análises. tomei um belo pequeno almoço na padaria portuguesa e não tive de sacar das mamas para fazer o eletrocardiograma. o dia até estava a correr bem. siga para a ecografia mamária. sim, foi dia de mamas. eis que me chamam. dispa-se da cintura para cima, o soutien também, e deite-se na marquesa. oh que merda, estava a correr tão bem. pronto. vai de mostrar mamas. e aqui é que me começo a chatear. não é que me deixam de mamas ao léu deitada praí durante uns quatro minutos? ao frio? onde está o respeito? enquanto estou de mamas em riste está a tipa a gravar não sei o quê para o computador e as mamas e a dona delas que esperem. passado quase um dia e meio aproxima-se de mim - e das minhas mamas, mais das minhas mamas que de mim - com um sorriso de quem está a pensar foda-se são onze da manhã e hoje este deve ser o vigésimo par de mamas que vejo. adoro o meu trabalho. braços para cima, por favor. toca de apalpar. tem alguma dor, alguma queixa? não, não tenho. despacha mas é essa merda que não tenho por hábito falar com mulheres de mamas à banda. toca de esfregar as mamas com gel. olhe, joana. está fantástico, está tudo bem. não tem nada! e pronto. deixa-me ali despida coberta de gel nas mamas e ela a olhar para mim enquanto me limpo de forma nada sexy. isto tinha tudo para ser normal, se ela não tivesse sido anormal. entretanto ficaram a saber que está tudo bem com as minhas mamas. how cool is that?