segunda-feira, 16 de abril de 2018

gosto muito de motas

vou entrar a pés juntos: um tio meu morreu a andar de mota. desde então temos como que uma alergia a motas. seja conduzi-las, ir à pendura, ou vê-las passar. mas aqui o que me deixa mais nervosa é que cá me parece que os senhores - mais eles que elas - gostam de morrer a conduzir motas. ou se não gostam mentem bem. hoje vinha na autoestrada para lisboa - ia a cento e vinte pela esquerda. vi uma mota a aproximar-se e comecei a ficar nervosa, porque já sei que estes tipos se metem em qualquer buraco. já em cima de mim o tipo estava a chegar-se ainda mais para a esquerda a querer ultrapassar-me. e ultrapassou. por ordem, o cenário era o seguinte: o separador de estrada - cimento, coisa leve - o estupor da mota e eu. agora digam-me. este senhor tem um gostinho especial pela morte, não tem? será que já experimentou e gostou? será que o meu tio pensava assim? e o pior é que se por acaso tivesse dado em acidente e o tipo tivesse ido ter com os anjinhos, ainda que a culpa fosse dele, quem o tinha morto era eu. portanto, seus atrasados mentais. se curtem viver a vida no limite e andar de mota é que é bom, mantenham-se longe e espetem-se contra uma árvore, por exemplo. tenham juízo ao conduzir essa merda com duas rodas. porque nós, no carro, ainda temos chapa, vocês vão mesmo de cornos ao chão. demasiado sério, não foi? 

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