quarta-feira, 30 de novembro de 2016

mais amor, por favor

as mulheres são más umas para as outras. uma mulher não suporta ter uma chefe também mulher. uma mulher não suporta que outra mulher a ultrapasse na estrada. as mulheres não gostam de mulheres. é uma chatice esta cultura de ódio entre mulheres. o cérebro feminino às vezes é tão estúpido que há dias em que me apetecia acordar homem. as mulheres não enfrentam os homens. as mulheres vivem para agradar os homens. mas porque não agradar também as mulheres? porque não agradar a todos? estava há pouco no trânsito. fiz pisca (aquela luzinha laranja que muitos paracem não conhecer, essa mesmo) para a esquerda e a tipa que ia atrás do lado esquerdo acelerou colando-se ao carro da frente para não me deixar passar. porquê? não sei, mas se calhar estar a pôr o meu carro à frente do dela significava estar à frente na corrida. e isso é que não pode ser. como esta há muitas. e muitos. que o assunto homens também tem pano para mangas. mas bolas, não há necessidade. no trânsito ou onde for. sejam mais tolerantes umas com as outras, pode ser? como diz o outro, mais amor por favor. guardem os problemas para vocês que ninguém tem que levar com o mau humor alheio. isto é válido para mulheres e homens. mas as mulheres andam muito ressabiadas. easy girls. a vida é boa. e já que cá andamos todos, ou todas, bora facilitar-nos as vidas. podemos começar por abdicar da prioridade de vez em quando, porixempos. boa? para podermos de deixar de ouvir o típico tinha que ser uma gaja quando alguma coisa corre mal na estrada. porque na verdade, na maior parte das vezes, é mesmo uma gaja. que merda. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

coca-cola vs pepsi

eu sou daquelas pessoas que rejeita a sugestão do empregado quando pergunta se quero pepsi tendo eu pedido uma coca-cola. e sou também daquelas pessoas que nunca tendo feito blind test nenhum acredito piamente que sei distinguir uma pepsi de uma coca-cola. é verdade que, à partida, somos manipulados pelo rótulo e embalagem. mas, ainda assim, tenho fé em mim. decidi fazer então uma prova cega para acabar com esta história de uma vez.

eis o que comprei

1 coca-cola normal
1 coca-cola zero
1 pepsi normal
1 pepsi zero
1 cola marca branca

eis as combinações que queria testar

coca-cola normal vs pepsi normal
coca-cola normal vs cola marca branca
coca-cola normal vs coca-cola zero
coca-cola zero vs pepsi zero

as bebidas estavam igualmente refrigeradas. sem gelo nem limão.

que orgulho. acertei em todos. juro. o mais complicado foi distinguir a coca-cola zero da coca-cola normal. mas aqui está. a pepsi tem um sabor completamente diferente da coca-cola. é mais doce e tem um cheiro que as distingue de imediato. a cola de marca branca é basicamente açúcar. nota-se tão bem a diferença. a língua parece que se encarquilha de tão doce ser. não me enganam mais a dizer que é tudo igual. porque não é. experimentem fazer o teste. se forem realmente apreciadores de coca-cola vão perceber as diferenças. estou mesmo contente. agora sempre que me disserem que é tudo igual eu respondo que não. mas agora com toda a certeza do mundo. 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

todos odiamos qualquer coisa

vamos aqui falar hoje sobre coisas que temos de fazer todos os dias e não gostamos assim tanto de as fazer. todos os dias temos que lavar os dentes - duas vezes ao dia, quando não vai para as três ou quatro. todos os dias temos de tomar banho. lavar a cara mal acordamos. fazer o chichi matinal. comer. dormir. vestir. despir. pentear. secar o cabelo. e ainda não acabou. quando se cozinha em casa a coisa tem tendência a complicar. lavar a loiça. pôr a mesa. arrumar a cozinha. passear o cão. três vezes ao dia, quando também não vai às quatro idas à rua. bolas, tanta coisa aqui que tenho que fazer todos os dias e não gosto. vamos começar por lavar os dentes. ninguém gosta de lavar os dentes. lavar os dentes é chato. ter a boca cheia de espuma com aroma a mentol não é agradável. a sensação do pós-lavar-dentes é boa, mas quer dizer, menos espuma nessas pastas de dentes, se faz favor. a coisa agrava-se quando adormeces no sofá. estás enroscado na manta bem quentinho e pronto a passar para a cama para completar o sono de princesa que estavas a ter. no entanto, nesta altura gera-se um conflito na tua cabeça para tentar perceber se vale a pena submeter a tua boca a um massacre de mentol. nestas alturas - e sei que não sou a única, não me lixem - é óbvio que os dentes ficam por lavar. bolas, não posso desperdiçar o meu sono com coisas supérfluas. porque, muita atenção, ir lavar os dentes com uma tosga de sono é motivo suficiente para insónia. o banho. há dias que gostamos outros nem tanto. cabelo molhado. corpo encharcado. há sempre aquela parte do corpo que nunca seca à primeira: ali o vinco por baixo das nádegas, não é? aquela merda nunca seca à primeira passagem com a toalha. vestir é uma chatice quando acordamos sem saber se nos apetece sair à rua lindas ou em modo caguei. despir-me quando chego a casa ao final do dia é das coisas que tenho que fazer todos os dias e gosto. e tirar o sutiã? bolas, isto é inexplicável, não é? é quase como a vinda ao de cima depois de um dia inteiro em apneia. secar o cabelo é a maior seca. é aquele momento em que não podes fazer mais nada e tens de estar com a cabeça para baixo. não ouves ninguém, não vês ninguém, as duas mãos estão ocupadas e o cabelo teima em não secar. depois do jantar arrumar a cozinha é também uma chatice. cozinhar é muita giro, arrumar nem tanto. passear o cão é talvez das piores tarefas do dia a dia. passear o cão quando não nos apetece é doloroso. quando está frio. e chuva. passear o cão é mau. para quem não tem cães passeá-los é muita giro. mas, meus caros, esse fascínio desaparece quando tens que ir pôr o cão a fazer chichi e cocó três vezes ao dia. não é bom. nunca apetece. mas como o amas muito até fazes o sacrifício. todos temos coisas que não gostamos de fazer e que temos de fazer todos os dias. nem que seja acordar. como é que me estava a esquecer? o pior de tudo talvez seja mesmo acordar depois de um sono tão profundo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

só daqui a trezentos anos

todos os anos chega-nos a notícia da lua. a notícia da lua é precisamente o que está a acontecer hoje. todos os anos a lua está maior do que no ano anterior e todos os anos só daqui a dezoito anos, quando não elevam a fasquia para os cinquenta, é que volta a haver uma lua igual. o mesmo acontece com os eclipses. só daqui a trezentos anos é que volta a acontecer. no entanto, o que não falta são luas grandes, eclipses e coisas bonitas que o céu tem para nos oferecer. a lua está realmente bonita. se está mais próxima ou não não sei. eu gosto da lua. gosto mais da lua que do sol. a lua tem alguma coisa que me fascina. gosto de a olhar fixamente por tempo indefinido. e não gosto que me interrompam. mas voltando à notícia da lua. eu acho piada ao ar entendido com que as pessoas falam sobre a suposta aproximação da lua. ouve lá! já viste a lua hoje?? está mesmo perto! nunca esteve assim! para estas pessoas a lua está mais perto porque no telejornal diz que a lua está mais perto. se leram sobre isso? não. interessam-se pelo tema? não. os media controlam tudo. controlam as eleições - prova disso é o trump ter-se tornado presidente dos estados unidos. controlam a forma de cada um pensar. qualquer dia controlam o que cagamos. e se há um dia que não o fazemos os media hão de saber. os media têm sede de notícias. mostram conteúdo poucochinho e alimentam o inútil. o caso do tal pedro dias é um bom exemplo. bolas, será que há necessidade de alimentar esta merda? meia hora de telejornal por dia se calhar chegava, não? a obrigação de comunicar o essencial eliminava a porcaria toda que temos de ouvir todos os dias. que tal? 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

isto não é vírus, pa

já várias pessoas me disseram que não abrem as minhas publicações do blogue no facebook porque acham ser vírus. não é. e nem sabem o que andam a perder.

ACABOU DE GANHAR UM MILHÃO DE EUROS!!!!!!!! PARABÉNS!!!!!!!
 FOI O 1000 UTILIZADOR A ENTRAR NESTA PÁGINA!!!!!!!!!!!

ah ah ah, estava a brincar. não ganharam um milhão de euros nem foram o milésimo utilizador a entrar na página. até porque não tenho tanta gente a querer ler a merda que escrevo. estou a brincar. eu não escrevo merda. mas a parte das mil pessoas é verdade. isto não é vírus, está bem? quem sabe até arranjam um novo entretém para os vossos tempos mortos. até porque faz bem ler. então ler o que escrevo faz melhor ainda.  

donald fucking trump

hoje acordei e o donald trump era presidente dos estados unidos. depois esfreguei os olhos, espreguicei-me, lavei a cara e o donald trump continuava a ser presidente dos estados unidos. tantas opiniões e pontos de vista na comunicação social. fiquem com elas. eu continuo sem palavras. e cá me parece que já estou bem acordada. e o donald trump é presidente dos estados unidos. ou do mundo. como queiram. bom, mal comparado ou não, o antónio costa também se tornou primeiro ministro.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

a saga dos collants

começa o inverno e começa também o flagelo dos collants. há quem diga os collants e há quem diga as collants. eu digo os collants. eu sei que meias são feminino e talvez os collants também devessem sê-lo. mas para mim dizer as collants soa tão mal como dizer a hamburga, como quem se refere a um hamburguer. passando à frente. os collants, principalmente os transparentes, são a dor de cabeça de qualquer mulher. basta uma unha mal limada e já foram cinco euros, quando não é mais, com o caraças. é isso e o dia que fica estragado. o drama podia ficar pela altura em que nos vestimos de manhã, mas não. há que fazer chichi, por exemplo. temos duas opções. ou passamos o dia a seco, sem sequer beber um pingo de água para nem pensarmos em ir à casa de banho ou arriscamo-nos a rasgar as meias logo na primeira ida à casa de banho. e quando abrimos uma autoestrada desde o dedo mindinho até à virilha logo de manhã ao vestir? e a coisa piora quando percebemos que não temos mais nenhuns. pois é. pensavas que ias toda linda num vestido e levas com um par de calças bem skinny - porque agora é o que há - e não te apetecia nada. homens, percebam os nossos dramas. nós quando acordamos a pensar que não nos apetece usar calças é porque não-nos-apetece-usar-calças. e se rompemos os únicos collants que temos vocês não fazem perguntas e dirigem-se ao chinês mais próximo. há sempre um chinês ao pé de casa. no chinês há sempre collants. tamanho único, não tem nada que saber. é barato. o pior é o brilho. parece que vamos com uma bola de espelhos nas pernas, mas é melhor do que usar calças quando não-nos-apetece-usar-calças. está bem? 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

não há pior que isto

hoje venho falar-vos do maior flagelo que vos pode acontecer durante a noite. não é cair da cama, nem bater com a cabeça na esquina da mesa de cabeceira, mesmo que seja com força. nem ter insónias. é estar a dormir tão profundamente e acordar com a puta de um zumbido de mosquito a fazer corridas do ouvido esquerdo ao direito, sem parar. porra, até se me estou a encaracolar toda só de pensar naquele zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz, com diversos níveis de tom, profundamente irritante. deitei-me praí à uma e meia da manhã. e a festa começou lá para as três, quatro. se dormi duas horas já me posso dar por contente. epa, não há som pior do que o zumbido de mosquito a entrar pelos ouvidos adentro enquanto dormimos, pois não? tentei abrir os olhos, levantei-me e fui acender a luz. vá, toca de despertar porque este mosquito vai morrer. e não há de tardar muito. o gajo andava-me a tourear. eu só via mini vultos e merdas pequenas à minha volta. ainda tinha os olhos embaciados. parecia que em vez de uma lâmpada de sessenta watts tinha um sol do meio dia no quarto. às tantas pousou e dei-lhe com umas calças de treino que estavam ali mesmo a jeito. como acordei cheia de energia a força que fiz nem deu para lhe dar uma festinha. acho que quando ainda estava a dar impulso com o braço o cabrão já tinha fugido. apaguei a luz do quarto e fui acender uma luz no corredor a ver se o despistava. toda eu a pensar em truques de como-enganar-a-puta-do-mosquito. deitei-me de novo. tudo indicava que ia ter uma noite descansada depois desta super armadilha. acho que não passaram nem cinco minutos para voltar à carga. dei chapadas em mim própria, assim bem de repente que era para o apanhar de desprevenido, pensava eu. mas antes de eu pensar em fazer isso já o bicho estava no candeeiro a mandar-me manguitos. tentava apanhá-lo no ar. punha-me debaixo do edredão. nada. puto. zero. o pânico estava instalado. sim, porque a esta altura já estava com medo de dormir. desde que comecei a escrever este texto ainda não consegui parar de me coçar. bolas, não é bom acordar assim. e nas últimas duas semanas já é praí a terceira vez. acho que não mereço. quero o frio. quero o inverno. ou então começo a dormir enrolada em papel celofane com tampões nos ouvidos. é que não preguei mais olho. de manhã vi-o pousado na minha perna pronto a sugar todas as minhas entranhas. matei-o. dei uma chapada tão grande na minha perna que acho que ficou dormente uns segundos. estou com medo de ir para a cama hoje.