este fim de semana fui à terra do avô. eu esqueço-me sempre que também tenho a terra do avô, como muitos têm, talvez por nunca o ter conhecido. lá fui eu e a família (quase) toda atrás. ou talvez tenha sido eu a ir atrás deles. tal como em todas as terras do avô, presumo eu, não se faz puto da vida. é muito giro. é campo, natureza e tal. eu gostei. gostei mesmo. principalmente porque já não punha lá os pés há praí treze anos. e a casa que era gigante no fim de semana parecia-me uma arrecadação com cozinha e casa de banho. foi boa a sensação de entrar por aquela porta a dentro e de repente virem-me um monte de lembranças de miúda à memória. os teatros que fazíamos e tantas outras coisas. enfim, no dia em que chegámos, à hora do jantar estava tudo esganado de fome. e restaurantes abertos nem vê-los. às tantas lá tivemos sorte e ligámos para um restaurante que estava aberto numa terra lá ao lado e avisámos que íamos jantar. sim, nas terras não se fazem reservas em restaurantes. isso é tudo modernices. avisámos que íamos e dissemos também que podia ser tudo corrido a bifes com batatas fritas para não dar muito trabalho. o senhor lá do outro lado muito simpático disse que tudo bem e que ia tratar disso. cá para mim eu pensava que ia chegar lá e ia comer um bitoque reaquecido. pensamentos arrogantes de uma tipa da cidade, confesso. chegámos e lá estava o senhor à porta à nossa espera todo simpático. estávamos sozinhos no restaurante. trataram-nos como se fôssemos da casa. não só os bifes foram feitos na hora como também nos deram uma data de coisas boas extra. foi um jantar bom. gosto das gentes do interior. muito hospitaleiras. muito queridas. muito fofinhas. elas e a minha casa na terra do avô.
1 comentário:
Gostei de saber e calculo as tuas recordações....tb tenho algumas desses tempos.Beijinhos e saudades
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